tag:blogger.com,1999:blog-13475005908057202312024-02-07T17:07:31.151-08:00bem vindoHiburanhttp://www.blogger.com/profile/07428119330257652330noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-1347500590805720231.post-25158515060456864752010-12-19T22:17:00.000-08:002019-08-10T22:18:38.831-07:00Bora Pra Praia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<span style="text-align: justify;">Eu tinha entre 18 e 19 anos. Estava na casa da namorada, sábado, tomando uma com a sogra. Como fazia todo fim de semana. Hemerson, irmão de Rita, sai do quarto com a prancha sob o braço. "Bora pra praia". "Mas agora, Hemerson? Tá foda o sol". "Agora, entrou uma ondulação e essa é a hora". Não gostei muito da idéia, era quase 11h. O sol de rachar. Fazer o que? Vamos nessa. Como minhas duas pranchas ficavam lá direto, foi fácil.</span></div>
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<span style="text-align: justify;">Hemerson ainda disse que a ondução vinha crescendo há dias, na sexta e no sábado seria o topo. Depois baixaria. Ele disse que estava enchendo a maré e tava côco na beira. Mas rolava uma parede boa, uns tubos e a onda tava grande. Entenda-se 1.5m. Resolvi levar uma prancha fodida que eu tinha. Que já tinha sido quebrada e consertada.</span></div>
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<span style="text-align: justify;"><br /></span></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgWoaMFv5glaNooxHG1hovp8eXPKElMPCD-JxCTR-M1yVCnYbRjsyGuN89m8VXVmdLqgZLGau4DyU6VnknIXoiYuibdtSKUCUAIqPBM-AqDHvmRjQXKzJXVVJylMNdTPdlgc0T54tPbzY/s400/morro+Bdo+Bcareca.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="264" data-original-width="400" height="211" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgWoaMFv5glaNooxHG1hovp8eXPKElMPCD-JxCTR-M1yVCnYbRjsyGuN89m8VXVmdLqgZLGau4DyU6VnknIXoiYuibdtSKUCUAIqPBM-AqDHvmRjQXKzJXVVJylMNdTPdlgc0T54tPbzY/s320/morro+Bdo+Bcareca.jpg" width="320" /></a></div>
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Chegando
na praia foi um visual de sonho. Pouca gente na água e muitos fora
dela. Fiquei sem entender porque, mas depois de entrar saquei tudo. O
drop estava insano. Era descer, achar o trilho, correr a onda em uma,
duas batidas, talvez um floater e chegar na areia. A onda tinha muita
pressão. Rolava tubos, mas só pros mais cascas. Se atrasasse dentro,
rodada com a onda e prancha numa profundidade que não passava de meio
metro. Ou seja, se não desse de cara ou costas no fundo, poderia ser a
prancha o objeto a bater. Era o risco. Mas muitos atrasavam o drop e já
desciam dentro.<br />
<br />
Eu
tinha uns 18, 19 anos. Frequentava Ponta Negra desde o primeiro ano de
vida. O Morro do Careca era calvo. Comecei a surfar ainda moleque de
body board e prancha de ponta de isopor. Depois de fibra. Eu era local.
Mas geralmente a molecada não respeitava ninguém. Tudo bem que eles
surfavam melhor que eu. Davam aéreos, 360 normal e reverse, soltavam a
rabeta da prancha abrindo aquele leque na crista da onda. Mas eu era/sou
tão surfista quanto eles, afinal surfar é deslizar pela onda. E eu sei
fazer isso bem.<br />
<br />
Mas
porque eles não estavam na água? Porque as ondas estavam grandes e
fechando. Não dava para eles destilarem seu repertório futurista. E
aquela altura o que importava era o feeling, sentir a onda e o que ela
podia proporcionar. O drop já valia a pena, porque se descesse atrasado,
era quase em pé. E a possibilidade de descer reto de cara na água era
grande, ou se jogar da prancha de bunda.<br />
<br />
Depois
de várias ondas com poucas pessoas na água, mas uma bela platéia
assistindo da escadaria, remei numa onda, esperei até o último momento e
fiquei de pé. Antes de chegar na base cai. Só não sabia porque. E foi
feia a queda. De cara na água. Quando subi a superfície, vi a causa. A
prancha partiu ao meio. Onde já tinha sido consertada por mim e
Hemerson. Sai da água com as duas bandas ligadas só pela fibra da
superfície. Mas feliz da vida, foi mais um dia inesquecível. Hora de
voltar pras cervejas e relaxar.</div>
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